Domingo, 5 de Junho de 2011

Don't Stop! - Chap 2

Aqui vai o segundo capítulo.. que é também o penúltimo. Volto a sublinhar que esta história é meio de doidos e que não acredito que a estou a publicar xD

A falta de comentários ao primeiro capítulo quer dizer que não gostaram? É que ainda não sou bruxa, para lá caminho, mas não sou, e não consigo adivinhar opiniões,mas gostava mesmo muito de as ouvir :P

 

Loads of kisses to all of you, my dears!


Don't Stop!

Chapter Two

 

 

Estava deitado na cama do Georg, com a cabeça enterrada numa das muitas almofadas que ele tinha por ali. Ele estava sentado ao meu lado, com as costas encostadas na parede. Estávamos diante uma televisão apagada, nada acontecera ainda para além de nos termos embebedado. Tínhamos bebido todas as bebidas alcoólicas que estavam dentro do pequeno mini-bar, e este jazia perto de nós vazio, com a porta aberta e a sua fraca luz a ofuscar-nos.

 

Eu estava cheio de tonturas, tinha-me deitado para as acalmar. Sentia o meu corpo anormalmente pesado e os meus reflexos muito diminuídos… mas mesmo assim eu ainda não me sentia com coragem de premir a tecla «play» do leitor de DVD. Aquilo continuava a parecer-me uma loucura.

 

“Queres agora?” Perguntou-me o Georg com a sua voz visivelmente a arrastar. Olhei para ele e encontrei-o com os olhos fechados e madeixas de cabelo loiro a cobrir-lhe a cara. Nem quis acreditar que ele ainda insistia para vermos o tal filme.

 

“Mas tu ainda… queres ver aquilo?” Perguntei-lhe lentamente, sentindo uma tontura mais forte. Fui obrigado a cerrar os olhos com força para que ela passasse.

 

“É claro que quero.” Ele estava novamente com o sorriso parvo, e afastou por fim o cabelo da cara, abrindo os olhos ao mesmo tempo, como se pedisse para ficar um pouco sóbrio.

 

“Georg… Isto é uma estupidez.” Suspirei tentando concentrar-me nas palavras. Eu já estava tão bêbado.

 

Continuava deitado naquela cama sem mexer um músculo, e a situação continuava a não fazer sentido nenhum para mim… Para meu desgosto, eu continuava com aquele mesmo formigueiro, aquela arritmia constante, aquela «fome».

 

“Queres beber mais?” Perguntou-me ele, levantando-se finalmente, e esforçando-se para se manter direito. Apenas um dos seus olhos verdes me fitava, ele costumava fazer isto quando tinha visão dupla.

 

Não lhe respondi. Por um lado sim, queria beber mais um pouco, talvez aí fosse eu próprio a carregar no «play». A única coisa que eu sabia é que não podia continuar assim. Ou desmaiava de tanto beber, ou fazia a coisa mais parecida com sexo que se pudesse arranjar, e isso implicava beber mais. Ambas as opções envolviam mais álcool, quando já não havia nenhum no quarto… só Coca-Cola e água. 

 

Vi o Georg cambalear para o armário, achando que ele iria telefonar para a recepção e pedir mais bebidas. Surpreendi-me quando ele começou a vasculhar no interior de uma das suas malas de viagem. Não precisei de colocar a questão, ele já me estava a explicar:

 

“Arranjaram-me isto à uns dias, quando demos aquele concerto na República Checa… Estava a guardá-lo para uma ocasião especial.” Assim que disse isto, retirou uma garrafa, que poderia ser de um whisky qualquer, não fosse o liquido no seu interior num tom verde fluorescente.

 

“Georg… mas isso é…” Gaguejei, desta vez não devido à sonolência trazida pela bebedeira, mas de choque. Senti-me ficar subitamente sóbrio quando vi aquele líquido brilhar para mim. Eu já tinha apanhado boas bebedeiras com aquilo, apesar de ser ilegal em quase todos os países da Europa. Senti-me estranhamente aliviado. Tinha a certeza que aquele liquido ia resolver o meu problema desta noite, de uma forma ou de outra.

 

“É absinto, sim… Queres?” Perguntou-me ele provocadoramente. Ele sabia que eu queria. Sabia perfeitamente que se havia alguma coisa que eu gostava mesmo para além de levar uma gaja boa para a cama, fazê-lo depois de ter bebido um bom copo de absinto.

 

“Essa coisa dá alucinações fenomenais…” Ri-me ironicamente enquanto me sentava na cama, ao lado do sítio onde o Georg havia estado até há instantes. Ele sentou-se novamente e ficámos lado a lado, com a garrafa de absinto entre nós.

 

Ele continuava a olhar para mim com aqueles olhos verdes provocadores, “E não é isso que queremos?... Imaginar as gajas em cima de nós?” Depois começou a fazer gestos no ar, como se estivesse mesmo alguém em cima dele, e ele a estivesse a apalpar da cabeça aos pés.

 

“Ok, já percebi a ideia…” Consenti rindo, ao mesmo tempo que lhe dava um murro no ombro para que parasse. A verdade é que só de imaginar uma mulher em cima de mim comecei a sentir novamente o formigueiro no baixo-ventre. Porra, estou mesmo em falta...

 

Sem mais demoras ele pegou na garrafa e abriu-a, oferecendo-a a mim, “Queres fazer as honras?”

 

“E copos, pá?” Perguntei-lhe chocadíssimo com a garrafa na mão. Ele não estava à espera que eu fosse beber absinto directamente da garrafa, pois não? Aquilo era demasiado forte.

 

“Queres ficar bêbado a sério ou quê, Tom Kaulitz?” Revoltou-se ele, cerrando os olhos de impaciência. Sabia bem que ele estava ansioso por tomar um gole daquele líquido milagroso.

 

Encolhi os ombros murmurando com um sorriso, “Isto hoje é mesmo para a desgraça…” e depois senti aquele frio que queimava a encher-me a boca.

 

Ainda não tinha dado o primeiro gole e já parecia que todo o ar me havia sido sugado dos pulmões, mas continuei a beber sem parar. Dei cinco goles seguidos, e quando retirei o gargalo da garrafa dos meus lábios, parecia que ia asfixiar.

 

Fechei os olhos ao mesmo tempo que inspirava rapidamente, sentia aquele fogo descer até ao meu estômago queimando tudo no seu caminho. Quando abri os olhos vi imagens difusas e a mais pequena luz parecia um farol aceso diante de mim. Ouvi uma gargalhada do Georg bem longe, longe demais. Deixei de sentir o meu corpo e a minha mente esvaziou-se… Ah, como eu amo o absinto.

 

Lentamente fui recuperando a minha visão, ainda que só parcialmente. Fui capaz de sorrir, aliás, tive uma vontade enorme de me rir sem saber porquê. Depois do Georg se ter servido, tirei-lhe a garrafa da mão e bebi mais cinco goles. Perdi noção do tempo e do espaço, mas não me preocupava muito. Sentia-me bem, leve, dormente, sereno, e estranhamente calmo… Não me queria mexer e não me iria mexer.

 

Vi um vulto que estava sentado ao meu lado levantar-se, ouvi uma voz, apesar de não perceber o que era, e depois o vulto dirigiu-se a uma caixa negra que estava diante de nós. Segundos depois vi luzes coloridas sair dessa caixa e vi pequenos vultos mexerem-se animadamente no seu interior… que coisa curiosa.

 

O vulto grande tornou a sentar-se a meu lado e voltei a ouvir aquela voz. Não sei que me disse, nem o que pretendia, mas respondi-lhe na minha nova língua: ri-me como um louco.

 

Voltei a fixar os curiosos pequenos vultos que se agitavam por entre as luzes coloridas na tal caixa. A minha visão foi tornando-se um pouco mais definida e eu consegui perceber o que eram: mulheres… mulheres nuas…

 

A «fome» regressou, mas muito mais forte. Comecei a sentir suores frios enquanto observava os corpos delas mover-se em cima do corpo de um homem qualquer.

 

“Que tortura…” Ouvi a voz murmurar ao meu lado, e lembrei-me que não estava sozinho naquela cama. Quando olhei apenas vi o brilho de uma cabeleira loira, e sem saber o que estava a fazer, enterrei as minhas mãos naqueles cabelos e beijei os lábios daquela pessoa. 

 

Algo não estava bem, mesmo nada bem, mas eu não me importava… queria matar aquela «fome» e ponto final.

 

A pessoa passou para cima de mim, retribuindo o beijo com uma vontade selvagem, quase me arrancando o piercing quando me mordeu o lábio inferior. Quando as nossas bocas se separaram, procurei algo… sim, uma garrafa.

 

Voltei a beber longos goles enquanto o líquido verde escorria à minha frente. Ficou tudo difuso novamente, e o meu estômago voltou a arder… nem me importei quando o vulto me arrancou a garrafa das mãos, bebendo longos goles também.

 

Os nossos lábios voltaram a encontrar-se, enquanto as nossas mãos percorriam os nossos corpos. Eu precisava de ter aquela pessoa… Estava a saber tão bem agora que aquele vulto me beijava o pescoço, parecia que levava a minha fome com ela.

 

A redução dos efeitos do absinto permitiram-me ver quem estava ali a beijar-me, e agora com a mão a deslizar para dentro das minhas calças.

 

“Georg…?” Murmurei sem mexer os lábios. Os meus olhos estavam a ver o que se estava a passar, apesar de o meu cérebro não ser capaz de o processar. Não estava chocado, nem surpreso… estava dormente e sem reacção, graças ao absinto.

 

“O que é que estás a fazer?” Perguntei-lhe, pegando nos seus cabelos e levantando-lhe a cabeça para que ele olhasse para mim.

 

Ele parou o que estava a fazer quando os seus olhos verdes fitaram os meus, ele não trazia qualquer expressão no seu rosto. “Não faço a menor ideia…”

 

A fome voltou corroendo-me por dentro, Porque é que parou?! Eu quero mais, eu preciso de muito mais!

 

“Não pares…” Implorei, e logo ele retomou o que estava a fazer, e eu tornei a sentir aquele alívio desejado e aquela satisfação plena.

 

Lembro-me que ainda peguei na garrafa novamente, bebendo goles abruptos de absinto, sem me preocupar com o que iria acontecer a seguir… e querendo sempre mais.

 

.end of second chapter.

sinto-me: Cansadinha -.-
música: Declarações pós-eleitorais...
publicado por Dreamer às 21:48
link | comentar | ver comentários (15) | favorito
Dreamer @ 02-04-2008

.mais sobre mim

.links

.Junho 2011

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30

.mais comentados

.Follow me :D

. Don't Stop! - Chap 2

. Don't Stop! - Chap 1

. Wake up sleepy head !

. "Forever Sacred" - Chap 2...

. "Forever Sacred" - Chap 1...

. "Forever Sacred" - Chap 1...

. "Forever Sacred" - Chap 1...

. "Forever Sacred" - Chap 1...

. "Forever Sacred" - Chap 1...

. "Forever Sacred" - Chap 1...

. "Forever Sacred" - Chap 1...

. "Forever Sacred" - Chap 1...

. "Forever Sacred" - Chap 1...

. "Forever Sacred" - Chap 1...

. "Forever Sacred" - Resumo...