Olá meus amores!
Não senhores, como alguns perguntaram, Eu Não Morri! x'D Bem, mas a verdade é que nestes ultimos dias não me tenho andado a sentir muito bem, tem sido um pouco dificil, e neste momento as coisas ainda não estão perfeitas... mas espero que sinceramente que melhore --' Por isso não tenho escrito, por isso não tenho ido à net, por isso não tenho andado a ler as vossas fics --'
Bem, mas hoje estou aqui, e com um capitulo maior do que o habitual para vos compensar ^^ Espero que gostem dele, porque provavelmente foi o capitulo que me deu mais gozo, e ao mesmo tempo, mais trabalho, a escrever xD
Queria também aproveitar para dedicar este capitulo a alguém especial, este capitulo é para ti Biscóitah, e por uma razão muito simples. Tens acompanhado esta fic desde o incio, tens comentado sempre... E os teus comentários deixam-me sempre com um sorriso idiota xD Tenho muita pena de nao ter tempo para acompanhar a tua fic, porque eu ja li coisas tuas ha uns tempos e sei o talento que tens... E sinto me mal por nao conseguir retribuir os comentários que me deixas. Por isso, e para te compensar, este capitulo é para ti ^^
Mas agora passemos à fic,
ENJOY ^^
* * *
Não sei quanto tempo andei, mas deixei todas as minhas pegadas vincadas na areia atrás de mim e vi-as desaparecer pela vontade da maré. Não sabia quando iria parar de caminhar, talvez no final da extensão do areal… Mas e se não a encontrasse? Preferia não pensar nisso, pelo menos não para já. Continuava a acreditar que a ia encontrar, e não deixei que o facto de ser o único a caminhar naquelas areias, a única pessoa ainda na praia, me apagasse a esperança.
O meu coração batia mais forte a cada passo que eu dava, enchendo-se de medo… eu continuava a procurar uma silhueta alta e delgada, de cabelos negros a esvoaçar no vento, por isso desvalorizei o vulto que vi sentado na areia molhada, ao lado do que me parecia ser uma rocha que brotava da areia… as pequenas ondas banhavam ambos suavemente enquanto a maré subia lentamente.
Tinha a minha mente tão focada naquela minha prioridade máxima, que só quando estava a escassos metros do vulto é que o consegui identificar… A suave brisa marinha levanta ao de leve os seus longos cabelos negros, fazendo-os agitar-se ligeiramente, ao mesmo tempo que eles brilhavam intensamente à luz do sol que se começava a pôr lá longe, onde o mar beijava o céu.
Reconheci de imediato o tom dourado da sua pele, a delicadeza do sua expressão e a beleza do puro verde dos seus olhos… Era ela. A rapariga que já se tinha tornado tão sagrada para mim.
Interrompi naquele mesmo momento a minha marcha. O eu coração explodia-me no peito agora que a minha busca havia terminado. Eu estava completamente rendido ao vê-la ali, a sorrir daquela maneira tão doce, brincando com a rocha que estava repousada a seu lado… Rocha? Como poderia eu ter sido tão cego!? Não era uma rocha e sim uma tartaruga selvagem, na verdade a maior que eu alguma vez vira! Ela parecia brincar com a tartaruga enquanto a acariciava gentilmente, e o animal não se fazia de rogado, até dava pequenos passos vagarosos de modo a aproximar-se dela.
Um arrepio de satisfação percorreu a minha espinha e acordou-me do meu transe. Eu não estava a sonhar aquela doce visão, eu fazia parte dela! O medo e a vergonha tomaram conta de mim como no dia anterior… mas desta vez eu estava demasiado perto para poder passar despercebido. Ela… Aquela rapariga, dona de uma beleza tão rara, levantou por um momento os seus olhos daquele ser que a acompanhava, e pousou os seus olhos nos meus, sorrindo para mim, como se soubesse que eu estava ali buscando por ela. O verde intenso do seu olhar perfurou-me e obrigou-me a encurtar a distância entre nós. As minhas pernas caminharam até ela sem que eu lhes ordenasse isso, e mesmo quando eu quis parar, elas continuaram, suspendendo somente o seu movimento quando eu cheguei bem perto da pacífica tartaruga.
Os olhos da rapariga quebraram o contacto com os meus, retomando a tartaruga que agora parecia revelar sinais de querer mais miminhos daquela amável humana… Aí eu comecei a entrar em pânico novamente. Estava ao lado dela, tínhamos estabelecido um contacto… Eu tinha de falar com ela! Mas sobre quê!? Como!?
As palavras saíram da minha boca sem que eu as pudesse controlar, e eu disse-as num murmúrio envergonhado sem sequer pensar… “Ich hatte noch nie ein so groß…”
Para meu espanto a rapariga levantou os olhos da tartaruga novamente, mas para me olhar com uma careta extremamente querida, que revelava a sua completa confusão. Só aí eu percebi que tinha falado em alemão e não em inglês, língua que certamente ela perceberia. “Desculpa…” Pedi atrapalhado falando agora em inglês, tentando esconder o quão corado eu estava, e arrumando as minhas mãos atrás das costas, para que ela não as visse estremecer “Eu disse que nunca tinha visto uma tão grande como essa…”
O seu rosto iluminou-se com compreensão, que foi acompanhada de uma pequena risada, cristalina como as águas que chegavam até nós, onda após onda. E então perguntou-me, com um sorriso sincero rasgado nos seus lábios rubros, “Nunca foste a um Jardim Zoológico?”
Oh, a sua voz ainda era mais bela que as suas gargalhadas. Por um momento fiquei tão hipnotizado que nem me lembrei de lhe responder. Ainda não acreditava que estava ali com ela, a falar com ela… Só depois, quando senti os seus olhos pousados nos meus, esperando por mim, é que eu me apercebi que nunca tinha ido a um Jardim Zoológico, “Não, nunca fui…”
Num primeiro momento ela não disse nada, pareceu-me que ela tinha ficado envergonhada. As suas bochechas morenas tomaram um leve tom vermelho, como se ela corasse. Mas logo de seguida, num gesto suave e gentil, tocou a areia molhada a seu lado e convidou-me, enquanto os seus olhos verdes perturbadores perfuravam os meus, “Senta-te aqui.”
Não fui capaz de recusar tal pedido. Com todo o cuidado sentei-me a seu lado, ignorando o facto de ter ficado logo com as pernas cobertas de areia. Por um momento pensei se ela não se importava de estar ali assim, sentada na areia molhada com a sua fina saia de pano que hoje era cor de pérola… Mas não, era como se a sua saia fosse uma cauda e ela uma sereia… Ela não se importava de estar cheia de areia e molhada, os seus olhos não largavam aquele ser marinho, e as suas mãos perdiam-se em carícias nele.
Comecei a admirar aquela inocente tartaruga, e fiquei enamorado pela sua beleza, assim como a rapariga tinha ficado. Não evitei que um murmúrio me escapasse, “Ela é tão linda…”
A rapariga cessou as carícias e sorriu para mim, como se tivesse acabado de acordar de um sonho, “É, não é?” Riu-se ela, com aquele seu jeito doce. Surpreendi-me quando no momento a seguir vi tristeza no seu olhar… e essa tristeza foi explicada pela afirmação que ela fez a seguir, “É uma pena ser uma espécie em vias de extinção…”
Consegui sentir a mesma tristeza que a assombrava a ela, e até uma ponta de medo. Eu julgava estar no paraíso, mas esse paraíso estava a morrer aos poucos. Foi uma novidade para mim, achei que todas as espécies neste maravilhoso arquipélago tivessem tudo o que precisam para sobreviver, “Oh… A sério?”
Ela quebrou o olhar dos seus olhos tristes com os meus, e tornou a olhar a tartaruga, desta vez com mais carinho e mais amor, como se de uma amiga se tratasse. Acariciava uma das patas da tartaruga com extremo cuidado e gentileza, e depois falou com pesar na sua bela voz, “É a verdade… Como deves imaginar, com o aumento dos empreendimentos turísticos deixou de haver a maior parte dos habitats naturais para elas… Não têm para onde ir, não têm o que comer… por isso, morrem.”
O seu tom de voz fez-me sentir o quanto a magoava constatar aquilo, admitir a realidade… E eu fiquei igualmente receoso pelo futuro daquela espécie. Deixei escapar um suspiro triste enquanto esticava timidamente a minha mão e tentando também acariciar a tartaruga na sua carapaça, “Isso é tão triste…”
Eu vi os seus olhos verdes brilharem com o que me pareceu ser um olhar esperançado, enquanto um sorriso renascia no seu rosto tornando-a ainda mais bonita. “Mas esta é uma lutadora… Não és?” Brincou ela com uma risada, fazendo algo parecido a cócegas à tartaruga. Por um momento quase que pude jurar que o animal lhe sorria alegremente.
“Tens jeito com ela…” Disse-lhe quando a tartaruga deu mais um passo vagaroso na sua direcção, afastando-se lentamente de mim e das minhas carícias, “Parece gostar muito de ti.”
A rapariga soltou mais uma daquelas risadas e eu senti um arrepio saboroso a percorrer-me o corpo e a levantar os cabelos da minha nuca. “Achas mesmo?” Perguntou-me ela, ainda rindo e olhando mais de perto para a tartaruga, como se ela lhe fosse responder.
“Eu não acho, tenho a certeza absoluta…” Respondi automaticamente, rindo com ela… O seu sorriso, as suas gargalhadas eram contagiantes e extremamente reconfortantes, tal qual eu havia sonhado. Estávamos a falar há tão poucos minutos e eu já me sentia tão à vontade. Apontei para a tartaruga, que agora parecia querer subir para o colo dela, e argumentei, “Olha bem para ela, não me liga nenhuma!”
A rapatiga riu-se mais um pouco, pousando os seus olhos verdes nos meus novamente, só que desta vez foi diferente… Houve ali um momento estranho, como se ela me estivesse a ver pela primeira vez. Depois, pegou em esforço na grande tartaruga e colocou-a à nossa frente novamente e não tardou a explicar, sempre com um sorriso nos seus lindos lábios, “Isso é porque não estás a fazer-lhe festinhas como deve ser… ela não é nenhum cão.”
Apercebi-me que tinha estado, de facto, a fazer festas à tartaruga como faço a um cão. Soltámos os dois uma risada suave e ficámos perdidos no olhar um do outro mais uma vez. Só quebrámos esse momento quando ela tornou a encher a tartaruga de carícias, fazendo passar os seus dedos suave e lentamente por uma das patas da tartaruga, esforçando-se por me ensinar, “Faz assim… Assim ela sente mais o teu toque, e não se assusta.”
Olhei-a atentamente, e por momento desejei estar no lugar da tartaruga, ser eu o objecto do seu carinho e da sua atenção… Que desejo mais idiota, Bill Kaulitz! Tentei abstrair-me daquele pensamento louco, enquanto via os ensinamentos da rapariga a surtirem efeito. A tartaruga a começara a reparar em mim, e agora, em vez de avançar somente na direcção dela, avançava para o meio de nós os dois, fazendo com que nos aproximássemos lentamente.
O meu coração começou a bater a uma velocidade incrível, eu conseguia pela primeira vez sentir o cheiro dela… Era um misto de flores silvestres com o da maresia… era um aroma raro que acreditei ser único, diferente de todos os que eu já havia sentido, e quanto mais eu procurava adjectivos para o descrever, mais dificuldade encontrava em precisá-lo. Decidi por isso afastar a minha mente do desejo súbito que tive de beijar os seus lábios bem desenhados, e fiz a primeira pergunta que me veio à cabeça, “Como é que percebes tanto de tartarugas?”
Ela, que parecia ter estado também perdida por um momento, mas respondeu-me simplesmente corrigindo a sua posição na areia, envolvendo os seus joelhos com um dos braços, “Bem, é o meu dever… Estudo Biologia Marinha na Hawaiian Pacific University.”
Por um lado isso não me surpreendeu, foi mais como que uma confirmação… Eu sabia que ela pertencia àquele lugar, àquele espírito, àquela magia, e que não estava só de passagem como eu. Os meus olhos percorreram a paisagem à nossa volta, queria saber se ela tinha nascido mesmo aqui, só para ter a certeza se, como eu suspeitava, ela tinha as suas raízes nesta ilha, “Então… és de cá?”
Ela sorriu, olhando prolongadamente para as ondas que rebentavam suaves aos nossos pés, e respondeu-me suavemente num murmúrio, compreendendo a profundidade da minha pergunta. “Sim… sou.”
Ficámos ambos ali, em silêncio durante o que me pareceu uma eternidade, diante aquela grande tartaruga preguiçosa. Apesar de parecermos parados no tempo, a terra não parava de girar, e o sol continuava a pôr-se no horizonte. Podia ficar para sempre ali, e passar a noite que se aproximava ao lado dela… Senti-la perto de mim era tão reconfortante. Mas a noite caminhava a passos largos até nós, e a água morna que nos atingia em ondas ocasionais, tornava-se cada vez mais fria e incomodativa. A quente brisa foi arrefecendo também e tornando-se cada vez mais carregada de humidade. Apesar de tudo, estas condições atmosféricas não me estavam a causar incomodo nenhum, estar ali com ela valia qualquer sacrifício, mas ela parecia cada vez mais desconfortável, e até estar a tremer ligeiramente de frio.
Para meu pesar, ela fez uma última carícia à tartaruga que agora parecia adormecida, e levantou-se lentamente, tentando sacudir a areia molhada da sua saia mas sem sucesso. Eu levantei-me com ela, muito expectante, receando uma despedida que o meu coração achava ser tão prematura. Mas a despedida veio, pronunciada naquela voz tão doce e melódica como o som das ondas aos nossos pés. “Bem, desculpa, mas tenho de ir andando… Está a ficar tarde.”
E dito isto acenou uma despedida tímida para mim e começou a afastar-se a passos curtos e lentos, pisando cautelosamente a areia debaixo dos seus pés descalsos, com os seus cabelos sempre a dançar na brisa fria da noite.
Não, ela não podia ir-se embora já… Eu não sabia o seu nome! Como é que eu não me tinha apresentado? Acho sempre que as pessoas já me conhecem que nem sequer me apresento. Só agora me apercebia que ela era a primeira rapariga em vários anos, com quem eu falava pela primeira vez, e que não tinha um ataque de entusiasmo ou histeria. Teria ela estado este tempo todo a fingir que não me conhecia?
Corri na sua direcção, disposto a alcança-la e a descobrir o seu nome, “Espera!” Gritei-lhe com urgência, e ela suspendeu a sua marcha no mesmo momento, olhando para trás, olhando para mim. Então eu perguntei-lhe, com um sorriso brincalhão, “Tu podes já saber o meu nome, mas eu ainda não sei o teu…”
Pela segunda vez, vi-a fazer aquela careta fofinha que espelhava a pura confusão quando ela me perguntou de volta, “Hãn? Não leves a mal, mas… Eu já te conheço?”
Arrependi-me no mesmo momento de lhe ter colocado a pergunta daquela forma. Agora eu ia dar imagem de um parvo convencido… Eu ia dar a imagem que o meu irmão dá de cada vez que se apresenta a uma rapariga!
Eu estava tão atrapalhado que comecei a gaguejar como um tolo no mesmo instante, tentando explicar-me, “Erm… Acho que já me conheces, sim. Quer dizer, não sei… Eu sou…” Não queria dizer a palavra «famoso», isso soaria demasiado mal. Nem queria dizer que era uma «celebridade» … A palavra ideal surgiu logo depois, e eu proferi-a de imediato, continuando a explicação.
“Eu sou conhecido… Tenho uma banda… os Tokio Hotel. Eu sou o vocalista.” Quanto mais eu me explicava, mas confuso o olhar dela ficava. Quase que conseguia perceber um sorriso nos seus lábios, a minha figura era mesmo patética, e eu tinha noção disso. Decidi portanto terminar a minha insistência fazendo uma última tentativa exasperada, “Tu não sabes mesmo quem eu sou?”
Vi-a quebrar o olhar durante alguns segundos. Segundos esses em que corou ligeiramente tentando esconder o seu rosto atrás de uma madeixa dos seus cabelos. Só depois me respondeu num murmúrio envergonhado, “Desculpa, mas não sei… Não te reconheço mesmo.”
Devo confessar que isto estava a ser uma surpresa para mim. Acho que passavam muitos anos desde a última vez que falei com uma rapariga sem que ela me conhecesse, reconhecesse ou fosse minha fã… Há muito tempo que uma rapariga não olhava para mim sem ver uma figura pública, um cantor, uma rockstar… um icone. Sentia-me tão aliviado, tão feliz por ela me estar a ver sem tabus, sem juízos antecipados e sem estereótipos… Ela estava a ver o Bill que quase ninguém conhecia… Ela estava a ver o Bill que eu desejei que ela pudesse ver.
Subitamente senti-me muito mais descontraído, mais solto… Podia agir livremente, ser como eu sou e não manter a imagem que os meus produtores querem que eu mantenha. Sabia que ela não se iria agarrar ao meu pescoço a pedir um autografo, e que também sabia que ela não tinha passado aquele pôr-do-sol comigo por interesse, e que também não iria a correr contar a todas as revistas e aos mais insistentes paparazzi que tinha acabado de passar agradáveis momentos com o vocalista dos Tokio Hotel.
Ela continuava parada, absolutamente imóvel, só o pano da sua saia e os seus negros cabelos se moviam com a leve brisa. No seu rosto brilhava um sorriso expectante e eu não consegui resistir a avançar para ela a passos largos, com um sorriso aberto nos lábios enquanto me apresentava, “Bem, sendo assim… Eu chamo-me Bill Kaulitz.”
As nossas mãos juntaram-se num breve cumprimento. Naqueles poucos segundos senti que a mão dela era bem mais pequena que a minha, mais suave, mais frágil, muito e mais delicada. Senti todo o meu corpo dormente quando as nossas mãos se tocaram, e uma sensação estranha e reconfortante atravessou o meu coração. Mas essa sensação desapareceu tão depressa como apareceu, assim que ela soltou a minha mão, escondendo ambas as suas atrás das costas timidamente.
Esperei que ela se apresentasse, ou fizesse alguma espécie de sinal, qualquer coisa, mas ela simplesmente se concentrou a conter algumas gargalhadas, “Qual é a piada?” Perguntei-lhe muito confuso e sentindo-me gradualmente mais acanhado.
Ela desistiu de conter o seu riso, e deixou que as suas gargalhadas cristalinas se ouvissem. “Tu és engraçado, Bill Kaulitz…” Deixou escapar ela por entre mais risadas. Vê-la assim, alegre e bem disposta, fez-me rir com ela, mesmo eu sabendo que ela estava a rir-se de mim. “És quase tão engraçado como o teu nome.” Acrescentou, agora simplesmente sorrindo para mim, com aquele olhar que me fazia derreter.
Ficámos presos no olhar um do outro mais uma vez, e eu nem tive coragem para me perguntar a razão de nos encontrarmos constantemente nesta situação. Foi ela quem quebrou o silêncio, estendendo a sua mão cuidadosamente para mim, sendo ela a apresentar-se desta vez, com aquela sua voz doce cheia de carinho, “O meu nome é Lilïa, Lilïa Wai-ola.”
Ao ouvir o seu nome senti um calor reconfortante e familiar inundar a minha alma. Era provavelmente o nome mais lindo que eu alguma vez ouvira, e estranhamente senti que ela não poderia ter outro nome, este assentava-lhe na perfeição. “Que nome lindo!…” Deixei escapar num murmúrio hipnotizado, enquanto me esforçava por memorizar o toque da sua mão na minha, já que a mão dela fugia lentamente da minha outra vez.
Sem pensar duas vezes, lembrei-me de fazer um trocadilho com o nome dela havia feito com o meu, “É um nome lindo, mas não tão lindo como…” Só quando estava quase a acabar a frase é que me apercebi do que estava prestes a dizer. Não fui só eu a corar violentamente, vi o rosto moreno da Lilïa tomar também um tom rubro, ao mesmo tempo que ela se começava a afastar de mim lentamente.
“Adeus, Bill Kaulitz.” Foi a única coisa que ela me disse antes de me virar as costas e começar a caminhar apressadamente pelo areal, sem olhar para trás uma única vez.
“Adeus, Lilïa...” Respondi-lhe num murmúrio, mesmo sabendo que ela não me ouviria. Dizer o nome dela assim, pela primeira vez, fez o meu coração acelerar. Mas olhar para ela, e vê-la afastar-se de mim, sabendo que ela poderia estar ofendida pelo que eu lhe disse, ou quase lhe disse, fez com que uma onda de tristeza e insegurança me inundasse.
Por um lado estava feliz, tinha conseguido falar com ela, atrapalhadamente, mas tinha conseguido. Ela não me conhecia, e isso para mim era um alívio. Ela tinha-me dito o seu nome… Lilïa. Um nome lindo e mágico, igual a ela mesma.
Fiquei na ânsia de saber se a veria novamente, agora que a sua imagem não passava de um vulto negro a atravessar o sombrio areal. Pelos vistos ia ser assim, ia viver na incerteza de saber se a veria novamente ou não. Mas de uma coisa tinha a certeza, se eu a procurasse, eu iria encontrá-la. O mar guiar-me ia até ela.
* * *
Continua...
Tada! Espero que este capitulo tenha compensado tanto tempo sem fic! E espero do fundo do coração que tenham gostado xD Até terça-feira será difcil aparecer por aqui, já que nesse dia vou ter o tão temido EXAME DE CÓDIGO! O.O
Vou ficar à espera dos vossos comentários, quero saber opiniões ^^ Tenham a certeza que só estão a ler este capitulo neste momento porque me deixaram todos aqueles comentários no capitulo anterior! As coisas têm mesmo andado más, e foi pensando naqueles que lêem e comentam que eu me esforcei por o escrever! Por isso a todos os que comentam, um gigante obrigado! Aos que lêem e não comentam: Não tenham medo de dizer o que acham, a vossa opinião é sempre muitissimo benvinda! ^^
Loads of Kisses to All of You! x)