Terça-feira, 29 de Abril de 2008

An Deiner Seite - Cap 17

Oláa pessoas! xD

 

Tive um dia péssimo, horrivel, medonho... Argh! Tudo o que possam imaginar de pior. Mas estou surpreendentemente calma, depois de ter quase entrado em depressão na viagem de autocarro para casa. Lolz. Don't ask.

 

O facto é que, contra todas as espectativas, me sinto mil vezes melhor... Sinto-me bem ao ponto de postar mais um capítulo! ^^

 

E aqui está!

Enjoy! x)

 

* * *

 

Não sei quanto tempo passou até eu acordar. Nem num primeiro momento me apercebi porque raios eu tinha acordado! Mas depois ouvi a voz do meu pai aos berros no andar de baixo…

 

“SANDRA, O CASO É MUITO GRAVE! A EMILY TENTOU MATAR-SE!” Sandra?... Mãe?!

 

A minha mãe estava em Lisboa, portanto o meu pai tinha de estar ao telefone com ela! Levantei-me às pressas, corri para o telefone que tinha no meu quarto e levantei o auscultador com muito cuidado.

 

A primeira coisa que ouvi foi a voz da minha mãe: “Claus, nada justifica o internamento da Emily. Ela é nossa filha, e se está a passar por uma fase difícil, temos de ser nós a ajudá-la… Não médicos, nem medicamentos e muito menos salas isoladas!”

 

Era incrível como a minha mãe conseguia manter a voz baixa enquanto o meu pai se passava. “Ela é minha filha, Claus, e fica em casa. Não vai a lado nenhum!”

 

A voz arfante do meu pai recomeçou a falar e eu percebi o esforço que ele estava a fazer para não gritar: “Ela também é minha filha, Sandra. E quem tem a custódia dela sou eu! Por isso, eu é que decido o que é melhor para ela… E o melhor para ela é ajuda médica!”

 

“Tu és tão frio, tão cruel e tão insensível, Claus… Até para a tua própria filha.” Cuspiu a minha mãe cheia de rancor. Mesmo estando separados, eu detestava que eles discutissem por minha causa. Ouvi-a suspirar antes de acrescentar, “Amanhã apanho um avião e vou para Loitsche. Ai de ti que faças alguma coisa até eu chegar.”

 

Eu senti uma ponta de alívio quando a minha mãe disse aquilo, mas o meu pai fingiu que não a ouviu, “Amanhã às oito da manhã vou levar a Emily à clínica, quando chegares a Loitsche podes ir vê-la.”

 

E depois o meu pai desligou o telefone, sem sequer se despedir. E eu fiquei suspensa com o auscultador na mão. “Claus?” Chamou a voz da minha mãe. A chamada não se tinha desligado porque eu ainda tinha o auscultador levantado. “Claus, estás aí?”

 

A solução para todos os meus problemas surgiu-me de repente, num só segundo. Mais ou menos como na noite anterior, mas desta vez eu sabia que era a coisa certa a fazer… e não mais um disparate.

 

“Mãe…” Chamei eu com a voz a tremer.

 

“EMILY!” Ouvi a voz da minha mãe gritar aliviada. “O teu pai disse-me que estavas a dormir!”

 

“Acordei... E ouvi a vossa conversa.” Confessei eu, tentando falar o mais baixo possível. A minha mãe começou logo a reconfortar-me, e eu finalmente senti-me em casa.

 

“Não te preocupes, princesa, eu não vou deixar o pai fazer o que quer que seja… Amanhã apanho um avião para aí e resolve-se tudo!”

 

“Mãe, não é preciso vires.” Disse-lhe calmamente, com um pequeno sorriso nos lábios. “Eu vou ter contigo. Amanhã vou para Portugal.”

 

A minha mãe ficou calada num primeiro momento, mas depois começou a gaguejar, “Emily, não podes… Não podes vir sozinha, é uma viagem muito grande…”

 

“Mãe, se eu ficar o pai vai internar-me mesmo, não tenhas dúvidas…” Disse-lhe muito calmamente, e quando ela tentou interromper-me eu continuei, “E eu não aguento mais esta casa, nem esta família. Preciso de ti mãe, preciso do mano…”

 

“Oh minha linda…” Disse a minha mãe enternecida.

 

“O pai não precisa de saber de nada, dizemos-lhe quando eu chegar.” Acrescentei com um sorriso, “Eu faço dezassete anos para a semana, mãe. Já não sou nenhuma criança para fazer uma viagem destas sozinha.”

 

“Eu não sei, Emily… Como é que vens? Não tens dinheiro para vir de avião!”

 

“Mas tenho dinheiro para ir de comboio.” Disse-lhe à medida que o plano se construía na minha cabeça. “Apanho TGV até Madrid e depois apanho o Alpha Pendular até Lisboa.”

 

“Oh filha, tu tens a certeza?” Perguntou-me a minha mãe uma última vez.

 

“Eu nunca tive tanta certeza de nada na vida. Mesmo que me digas para não ir, eu vou mãe…” Finalizei, antes de me despedir. “Amanhã de manhã, se eu ligar quer dizer que vou a caminho de Portugal. Se eu não ligar quer dizer que não consegui fugir a tempo… Está bem, mãe?”

 

Eu sabia que a minha mãe estava a odiar a ideia, mas ainda assim concordou. Despedimo-nos com muitas lágrimas, e depois eu poisei o auscultador com todo o cuidado.

 

Devagar e muito silenciosamente, voltei para a cama. Já era de noite, e eu ia esperar que o meu pai e a minha madrasta se deitassem para arrumar a mala e sair de casa. Assim que fosse seguro, eu ia fugir.

 

Eu ia esperar acordada… Tinha de esperar acordada! Se adormecesse o meu pai ia apanhar-me! Mas contra a minha vontade e contra os meus melhores esforços, adormeci novamente.

 

* * *

 

Continua...

Há pois é, vamos lá ver se a Emi consegue fugir ou não...

 

Lembrem-se que eu adoro os vossos Comentários, portanto Comentem! :D

 

Kisses! x)

   

sinto-me: Melancólica +.+
música: The White Stripes - I Just Don't Know What To Do With Myself
publicado por Dreamer às 20:53
link | favorito
De Dreamer a 29 de Abril de 2008 às 23:05
Hey Melodie!

Só vou poder postar amanhã... ou melhor daqui a uma hora! xD Se quizeres esperar :D


Kisses!! :D
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Dreamer @ 02-04-2008

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